Quinta-feira, 04.05.23

Desporto - Formação

Por entre muitos intentos, a formação dos jovens consiste em criar condições para que os ajudem a crescer e para que os possam preparar para a vida. O desporto inclui-se a este “pacote”, pois não é exceção!

Impedir/proibir um filho de participar em um treino ou jogo, num contexto de formação federada, como castigo aplicado por um qualquer comportamento menos correto deste, é um erro crasso comum a muita gente! Apenas demostra que o desporto/competição é entendido como um espaço de entretenimento; de lazer e de nada mais, muitas vezes se esquecendo que para tudo se tornar possível há muita gente a trabalhar. Federações; Associações; Clubes, etc.

No desporto e na vertente de competição, para se crescer a aprender é necessário existir na consciência (dos miúdos e de todos os graúdos que os acompanham) que o entretenimento é apenas importante na comemoração dos objetivos alcançados e nos intervalos das tarefas para estes indicados!... se bem que a trabalhar também se brinca…

Partindo do pressuposto que no desporto dos miúdos, neste caso com bola, que o mais importante nunca será uma equipa marcar mais golos que a outra, as oportunidades devem se distribuir mediante o resultado do esforço/saber esperar/tentar/persistir/nunca desistir; da assiduidade; da pontualidade; da educação e, porque sim, da qualidade e vocação de cada um dos praticantes. Com tanto para escolher, não vale a pena andarmos enganados, “”se tenho problemas com vertigens nunca poderei ser astronauta!”” 

“Todos devem jogar”, ou “o resultado é o que menos importa”, são expressões muito certas e até filosóficas, mas têm as suas alíneas e as suas restrições, no desporto federado estas bonitas fábulas podem ir “de encontro” (chocarem com) a todos os tais propósitos da formação dos jovens, pois farão dela puro entretenimento; irão inviabilizar o esforço daqueles que longe podem chegar e colocarão os que para eles trabalham reféns das greves, da baboseira e dos vertiginosos acima metaforizados (“” …””).

Na vida aprende-se com os bons tutores e com os maus também, se aprende!

Quirino Vieira, 04-05-2023

publicado por qvieira às 18:42 | link do post | comentar
Sexta-feira, 07.12.18

Mentalidades e formação no desporto!

Em virtude dos nossos direitos por tudo o que se dá das nossas diligências é exigível no mínimo uma recompensa, na vida ninguém dá nada a ninguém! As recompensas são as contrapartidas daquilo que fazemos ou que produzimos em bom proveito para o desenvolvimento da sociedade e que, por sua vez, estes esforços possam trazer algo que nos satisfaça e que contribua para a nossa sobrevivência!

 

Todos sabemos que quando se fala em recompensas não se trata de se falar apenas em contrapartidas monetárias que logram a nós em troca de alguma coisa. Um filho que reconhece e trata a sua progenitora por mãe ou que simplesmente sorria para ela, por si só, a compensação para a receptora é bastante satisfatória, diria até, eternamente gratificante e não há dinheiro que pague por tão hábil reconhecimento!... Desde um pequeno elogio até a um simples agradecimento; desde uma "palmadinha nas costas" até ao "quem por gosto faz regala a vida"; tudo o que em proveito do nosso tempo possa surgir em abono da nossa felicidade vai estar sempre ao encontro daquilo que faz valer a pena todos os nossos esforços e nos vai incentivar a continuar e a querer dar sempre o nosso melhor; vai fazer valer o nosso empenho; vai fazer com que o nosso tempo seja intrinsecamente dado como bem entregue e vai colocar em prática valores que sirvam de exemplo para os mais jovens!… Ao que por gosto fazemos e que para tal ficamos sujeitos ao trabalho, as recompensas convergem-se apenas em momentos de lazer; concentram-se no papel que  nos cabe; naquilo que nos satisfaz e que nos dá reconhecimento perante o ciclo social!

 

No entanto, o contexto das recompensas é deveras bem mais vasto e abrangente, o "lucro" alcançável não vai depender apenas dos nossos esforços e do nosso trabalho; do nosso empenho e dos nossos propósitos; da nossa sorte e da forma como se olha para o que se gosta de fazer… mas, principalmente, vai estar à mercê e vai depender da boa fé e dos propósitos alheios! Vai depender sempre da envolvente e da mentalidade ferida da nossa sociedade e vai depender do espelho que irá apresentar o reflexo dos nossos compromissos!... Por mais que profundo possa ser o nosso empenho de mortais que erramos, se o propósito das massas não estiver ao alcance do nível do umbigo de cada um, todas as recompensas que possam alimentar a nossa motivação caem por terra!...

 

A imposição do rigor, do plano disciplinar e do respeito obrigatório por aqueles que diariamente trabalham sob um plano já traçado, são trunfos muito importantes e necessários para equilibrar as hostes intelectuais! É importante ganhar coragem e agir!

 

Nunca vamos ser recompensados por alimentar, mesmo que involuntariamente, aquilo que enterra ainda mais a real mentalidade humana!... Em condições contrárias ao rigor disciplinar, o nosso contributo corre sérios riscos de numa multidão tornarem-se maus os que ainda bons são! O nosso bem intencionado contributo corre o risco de estoirar e tornar a curto prazo insustentáveis os nossos mais nobres projetos!...

 

Com isto, ficamos nós sujeitos àqueles que hoje nos estão a aplaudir, sejam os mesmos que amanhã nos vão negativamente apontar o dedo!...

 

- Quirino Vieira

publicado por qvieira às 20:17 | link do post | comentar

mais sobre mim

pesquisar neste blog

 

Maio 2023

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

posts recentes

arquivos

tags

participar

subscrever feeds

blogs SAPO