O urbanismo, o poder e a globalização
O urbanismo na era moderna; a organização das principais cidades mundiais e toda a estrutura que envolve as suas realidades, é hoje o espelho que reflecte os efeitos da globalização que ao longo dos tempos tem vindo, em ritmo cada vez mais acelerado, a sofrer alterações. A distinção entre as cidades desenvolvidas das menos instruídas e todos os factores que às caracterizam, testemunham o empenho dos seus ascendentes em prol da educação dos seus habitantes, em prol da injecção de mentalidades e em prol da referida organização urbana. Os seus costumes, as suas culturas, bem como, todas as suas riquezas e pobrezas são consequências herdadas dos seus antepassados e que os seus actuais habitantes têm como dávida o seu usufruo e o seu padecimento, sendo que, ao mesmo tempo e agindo de boa fé, têm o dever de preservar e desenvolver garantindo a sua sustentabilidade para as gerações vindouras.
As novas tecnologias, filhas da exploração do espaço, permitem uma exposição de resultados desta evolução cada vez mais negativa, que se encontram, também cada vez mais, ao alcance de todos. A velocidade da informação e a facilidade do acesso à mesma, por parte de todos, oriunda do desenvolvido mundo das telecomunicações é responsável pelos excessos que normalmente vitimizam os povos menos capacitados. A Internet e a vigilância satélite beneficiam os poderosos (enfeitados de bondade) permitindo que estes alastrem o seu campo de acção mundo fora. Assim sendo, o fosso desigual entre as grandes e as pequenas cidades está a tornar-se cada vez maior. A fome monetária, o capitalismo e o rigoroso mundo político-económico actual está, com frequência ascendente, a por em causa a garantia da preservação dos costumes vindos do passado relativamente à organização e à mentalidade urbana. As guerras; o terrorismo; as catástrofes naturais, estas muitas vezes resultado do desrespeito humano pela natureza que resulta das exigências industriais, e todas as consequências negativas vindas do acima referido mundo capitalista estão a contribuir fortemente para a destruição de tudo aquilo que foi construído pelos antepassados, que em nada contribui para a preservação e muito menos garante o muito apelado esforço em propósito da sustentabilidade de tudo aquilo que nos foi confiado.