Cana-de-Açúcar
É já na próxima 2ª-Feira que arrancam os tradicionais, anuais, trabalhos de produção de mel, aguardente e açúcar no Engenho da Calheta-Madeira. Perspectiva-se, finalmente, um mês de movimentação social lá fora. As colheitas e transportes da conhecida cana-de-açúcar bem como o cheiro e fumo que são projectados para o exterior através da histórica chaminé desta vila irão, com certeza, trazer o ânimo que, este ano, até então, só o vento e o mar fizeram por isso neste concelho!
Para os menos informados sobre o processo de desenvolvimento dos trabalhos de produção dos componentes que derivam da cana-de-açúcar, aqui deixo uma breve explicação:
1º- “Renca-se” a cana
2º- “Emolha-se” a cana
3º- “Acarta-se” a cana
Seu gosto açucarado, sumarento, e seu aspecto fiapo, fazem despertar o apetite de quem quer que seja. Não é, para já, conhecido quaisquer prato tradicional que derive da cana-de-açúcar. Para “matar” a guloseima:
- "Come-se" a cana ou "chupa-se" a cana!
Seguem-se os trabalhos no Engenho:
1º- "Pesa-se" a cana
2º- "Descarrega-se" a cana
Finalmente é seguido o processo de moagem, da cana, que é feito através dos mais sofisticados equipamentos do Séc. XIX que este Engenho possui. Equipamentos, estes, que para além de oferecerem um plano de segurança rigoroso despertam, também, a curiosidade de muitos turistas que por cá passam. Os disparos dos flash’s de câmaras fotográficas são tão normais, neste espaço, como aquele barulho insuportável que aterroriza os tímpanos de qualquer Ser vivo!