verde-rubro a 27 de Dezembro de 2008 às 12:15
Diz quem viu e disse a RTP Madeira que a "variante" apresentada por 32 milhões para os Barreiros é igual ao Estádio do Nacional e terá sido desenhada pelo próprio Rui Alves, através da empresa e projectista que fez o Estádio dele.
Interessado e fortemente que o rival tenha, como ele, um elefante branco dependente dos subsídios públicos.
Esperemos que o Marítimo saiba fugir dessa solução, como o diabo na cruz, mesmo que só se veja financiado nesses mesmos 32 milhões.
É preferível ter apoio parcial (só a parte desportiva) e poder desenvolver componente "comercial" que lhe pode garantir o futuro. Do Estádio e do Clube...
E essa componente é possível e cabe lá. Afinal, a tão falada "limitação" determinada por antigos donos do terreno (aquando da doação) apenas se aplica a menos de metade do terreno (o resto foi expropriado sem condições).
Anónimo a 8 de Março de 2009 às 18:27
Estádio dos Barreiros
Com o tempo a passar, vão transbordando algumas informações sobre o processo de avaliação das propostas apresentadas no concurso para a construção do (novo) Estádio dos Barreiros.
A providência cautelar apresentada pela empresa afastada do concurso aquando da abertura das propostas terá surtido efeito pelo que, aparentemente, terá sido reintegrada à condição, até a decisão do tribunal. Afinal, com o benefício do Marítimo pois sabe-se que será a proposta mais barata.
A hipotética proposta mais barata será, afinal, a mais cara. Custos na ordem dos 1000 euros por metro quadrado fazem dessa proposta (retira 20% ao custo global, mas constrói quase 50% menos que as restantes) uma má proposta, quer para o Marítimo (usufruente de uma instalação mínima), quer para os contribuintes e GR (financiadores) que pagarão mais por muito menos. Haverá algumas propostas de construção a valores pouco acima dos 600 euros o metro quadrado.
Em paralelo, consta que aquela mesma proposta (alternativa e não variante à proposta base) não se enquadra legalmente no concurso público que é de construção e não de concepção-construção (situação onde os concorrentes poderiam apresentar projectos alternativos). O que terá sido uma boa opção do Marítimo, definindo em projecto o que pretende - não entregando essa tarefa a outros – mas não deixando de abrir a possibilidade de apresentação de variantes (alterações ou reduções de programa simples à proposta base, definida e colocada a concurso).
Face a esta situação, é de esperar que a obra seja adjudicada a uma das empresas com custo m2 inferior, garantindo a execução do projecto base, mesmo que o governo limite o seu apoio financeiro, exclusivamente às áreas desportivas ali (bem) definidas.
Para a restante verba e restantes espaços (a maioria nos baixos das bancadas) caberá ao Marítimo encontrar financiadores (possíveis investidores, futuros utilizadores dos espaços comerciais) que suportarão a construção e acabamentos (agora ou no futuro em fase de maior desafogo económico) de espaços que viabilizarão o Estádio resultante, libertando-o (como todos os que agora se vão construindo por esse mundo fora) de ser consumidor eterno de recursos públicos. Processo que deverá ser validado aquando da assinatura do acordo da cedência do terreno do actual Estádio dos Barreiros que estará para breve.
O atraso neste processo terá a ver com o facto do registo do terreno, realizado recentemente, estar incorrecto, pois alarga a todo o terreno (30mil m2) condicionantes e limitações de uso do mesmo (uso desportivo exclusivo) só aplicáveis a uma parte do mesmo (17mil m2) como comprova diversa documentação, referente à cedência do terreno ao Estado (Junta Geral) nos anos 50 do século passado, já na posse das entidades financiadoras e da competente (D R Património) para o efeito.
Rui Travassos a 2 de Abril de 2009 às 10:21
Estádio dos Barreiros
Mais algumas informações sobre o processo de avaliação das propostas apresentadas no concurso para a construção do (novo) Estádio dos Barreiros:
A providência cautelar apresentada pela empresa afastada do concurso aquando da abertura das propostas parece que não terá surtido efeito pelo que o Tribunal terá aceite a continuidade do processo.
A preciosidade da aplicação estrita deste tipo de burocracias e regras dos concursos públicos é também estranha, aqui, em prejuízo do interesse (também público). Afinal, os concursos públicos são enquadrados por legislação e esta, indica a que entidades se aplicam. E nestas, não se incluem os Clubes - neste caso o Marítimo. Saliente-se que é o Marítimo - clube e não a SAD a promotora do processo.
A verdade é que não sendo este um Concurso Público Internacional (o promotor não se enquadra na respectiva tipologia), será, quanto muito um Concurso tipo (ou parecido com um) CPI. Daí o Jurí poder ser soberano na sua decisão, podendo o Tribunal sustentar a sua decisão nesse facto…
Mas não se entende a razão de tal afastamento, na primeira hora. Afinal, quantas mais propostas estivessem sobre a mesa, mais e melhor haveria por onde escolher. Nem sequer colhia a justificação da falta do tal documento (entre milhares) com menos uma assinatura. Assinatura que podia ser recolhida em qualquer momento, por simples opção do Júri, que daria um prazo para o efeito, ficando, naquela altura, a análise documental suspensa até a regularização da situação. Era possível e, do ponto de vista do Marítimo, era vantajoso que mais essa proposta estivesse em análise. Mistérios insondáveis que estarão por detrás da opção do Júri.
Entretanto, a proposta anunciada publicamente como a mais barata será, afinal, a mais cara. Custos na ordem dos mil euros por metro quadrado fazem dessa, uma má proposta, quer para o Marítimo (que ficaria com uma instalação mínima), quer para os contribuintes e Governo Regional (financiadores) que pagarão mais por muito menos. Afinal, retira 20% ao custo global, mas constrói quase 50% menos que as restantes. Haverá, a concurso, algumas propostas de construção a valores pouco acima dos seiscentos euros o metro quadrado.
Em paralelo, consta que aquela mesma proposta (é uma alternativa e não uma variante à proposta base) não se enquadra, legalmente, no concurso público que é de construção (só podem ser aceites variantes ao projecto base – do Marítimo) e não de concepção-construção (única situação onde os concorrentes poderiam apresentar projectos alternativos). Inclusive, por este facto, essa alternativa deveria ter sido logo desclassificada, à partida. A sua escolha, hipotética, seria ilegal e justificaria as reclamações dos restantes concorrentes.
A opção de apresentar um projecto base a concurso foi uma boa opção do Marítimo, definindo à partida o que pretendia - não entregando essa tarefa a outros – mas não deixando de abrir a possibilidade de apresentação de variantes (alterações ou reduções de programa simples à proposta base, definida e colocada a concurso).
Defende também os contribuintes, permitindo balizar os custos finais da obra a concurso, ao contrário de outras soluções para equipamentos semelhantes onde a Região acabou por pagar a factura final, sem “pesar” o que foi construído.
Face a esta situação, é de esperar que a obra seja adjudicada a uma das empresas com custo m2 inferior, garantindo a execução do projecto base, mesmo que o governo limite o seu apoio financeiro, exclusivamente às áreas desportivas ali (bem) definidas.
Para os outros espaços, comerciais, como queria o Presidente do Governo (a maioria nos baixos das bancadas) caberá ao Marítimo encontrar financiadores (possíveis investidores, futuros utilizadores dos espaços comerciais) que suportarão a construção e acabamentos (agora ou no futuro em fase de maior desafogo económico) de espaços que viabilizarão o Estádio resultante, libertando-o (como todos os que agora se vão construindo por esse Mundo fora) de ser consumidor eterno de recursos públicos. Evitando o exemplo do adversário regional que enfrenta um futuro difícil face aos custos de manutenção do seu espaço se poderem tornar incomportáveis quando os recursos públicos se reduzirem ou estancarem. Será provavelmente por ist
Rui Rodrigues a 3 de Abril de 2009 às 10:57
Sabe-se que a direcção do Marítimo, fazendo a gestão do presente (e hipotecando o futuro) estará prestes a adjudicar a obra dos Barreiros ao projecto alternativo que apresenta custos por metro quadrado 50% superiores às das restantes propostas.
O Governo Regional terá feito o devido, havendo informações que definiu o apoio a conceder, limitando-o ao valor da componente desportiva. E dando liberdade ao Clube para decidir conforme achar por bem, podendo ir além da componente desportiva, agora que está esclarecido que as condicionantes de uso desportivo impostas na cedência do antigo campo do Nacional apenas se aplicavam a menos de metade do terreno actual.
Os problemas e contras daquela opção são grandes, mas tudo parece estar direccionado para ali:
Esse projecto alternativo apenas constrói (cara) a parte desportiva e impede qualquer possibilidade futura de viabilização da estrutura através da inclusão de espaços comerciais. Típico de gestores de hoje que apontam apenas para a inauguração e não para um futuro sustentado.
O projecto alternativo valerá 20 (600 Euros/m2 x área a construir) mas custará 31,5 (valor proposto).
O projecto base (uma das suas possíveis variantes) custaria os mesmos 31,5 e asseguraria a mesmíssima componente desportiva, mas incluiria áreas vazias e em tosco, disponíveis para futuros usos e investimentos comerciais. Não é preciso agora mais dinheiro. No futuro, quando fosse oportuno e possível, esses processos seriam desencadeados. Uma opção para gestores com visão. Não serão os actuais dirigentes do Marítimo.
O projecto alternativo é … alternativo. E não variante à proposta base que o próprio Marítimo colocou a concurso. Ora, assim será uma proposta ilegal face às condicionantes colocadas a concurso. O que motivará ou pode motivar as reclamações justas e procedentes dos restantes concorrentes.
Com o prejuízo do Marítimo e dos recursos públicos, poderá agora, acontecer o que aconteceu no Estádio da Serra: quando se cobram 31,5 por algo que vale 20, sobram 11,5. Dará para “calar” as reclamações dos concorrentes (1 a cada), para pagar as camisolas da equipa por 5 anos e sobrará para o empreiteiro, para além da margem da obra, outros 5. Depois (será mais difícil, mas, fazendo o paralelismo) teremos um novo Estádio Carlos Pereira.
Ao fim dos 5 anos, sem qualquer meio de subsistência, o Estádio mudará o seu nome para Estádio RAM e rogará por mais alguns subsídios. Pois no passado (agora) foram tomadas decisões sem visão de futuro …
João Santos a 20 de Abril de 2009 às 09:37
No dia 23, será escolhido o projecto do Marítimo ou o do …. Nacional?
O Clube Sport do Mar necessitava de um autocarro de 20 lugares. Para o efeito, definiu as suas características e lançou uma consulta ao mercado. O concurso admitia variantes.
Responderam meia dúzia de concorrentes.
Um deles, esqueceu-se de referir na proposta escrita, que a viatura tinha suporte para a matrícula. O Júri, rigoroso, a pedido de uma das empresas, tratou logo de excluir a proposta. Mais tarde, soube-se que era a proposta cumpridora mais barata…
A maioria das empresas apresentou várias variantes: uns com cadeiras com forros de cabedal, outros, tecido. Uns com GPS outros com ABS. Outros ainda pintaram a viatura com as cores do Clube, outros apresentaram-na verde, outros, vermelha.
Um concorrente, mais espertalhão, apresentou… uma carrinha de 9 lugares. Para além da viatura de 20 (esta, muito cara).
A carrinha de 9 lugares era igual à que tinham “vendido” ao clube concorrente (o Clube Desportivo da Serra) anos atrás. Com algumas diferenciantes. Claro que era mais barata que os autocarros de 20 lugares propostos. Mas, viu-se logo, a diferença de custo era mínima e o valor do bem, quase metade do dos outros.
Não se entendeu porque não foi eliminada esta proposta ALTERNATIVA que não era, de alguma forma, uma VARIANTE ao que pretendia (e definiu isso à partida), o CSM, na definição do objecto a concurso.
Claro que não estamos a falar de carros. Mas sim do Estádio dos Barreiros.
As últimas notícias referem que a “carrinha de 9 lugares” está na corrida. Mas como? Não respeitou o objecto de concurso que solicitava a apresentação de valores de construção para um Estádio pré-definido pelo Marítimo (projecto base).
Em vez de um Estádio com capacidade (agora ou no futuro, quando aparecer um investidor) de introdução de espaços comerciais temos, nessa proposta, um Estádio “aberto aos lados”, sem futuro e que faz perder e dispersar todo o ambiente desportivo criado pelo público. Para entendermos do que estamos a falar, basta comparar os ambientes de estádios como o de Braga ou do Nacional com os de tipologia inglesa onde o público quase “toca” os jogadores após os golos ou na marcação dos pontapés de canto. Quais são as imagens de maior emoção a que assistimos nos jogos ingleses e que mais marcam quem as vive e quem as vê? As que se sucedem junto às balizas. Quando há um canto, um livre, uma jogada, … um golo. Alegrias dos jogadores logo ali, partilhadas com o público.
Ora, colocando as bancadas apenas nas laterais, fazemos crescer o estádio em altura. Prejudicando a cidade, a vizinhança e os espectadores, que ficam mais longe da relva…
Um Estádio igual ao do Nacional? Não obrigado. Foi para evitar essa opção que o Marítimo elaborou um projecto base.
É mais barato? Como?
Se constrói apenas 28 mil metros (é uma carrinha de 9 lugares) e hipoteca a expansão comercial determinante para o futuro do estádio e do clube? Não sendo a proposta excluída (como deveria ser), como comparar preços de propostas quando o objecto proposto é diferente?
Utilizando o custo por metro quadrado. Obviamente. Preço, em construção, tem que ser relativo. Até porque o Governo Regional, e bem, já clarificou o que apoia (a componente desportiva) e com que valor (trinta e um milhões e meio). Gastar mais de 1000 Euros por metro quadrado (as variantes apresentam construção a pouco mais de 600 Euros) e ficar com o futuro hipotecado, um estádio igual ao Nacional e sem o (pretendido) forte e carismático ambiente desportivo? Não obrigado.
Aguardemos pelo dia 23 pela decisão a anunciar na Assembleia Geral, mas, um Estádio igual ao do Nacional?
Não obrigado.
Manuel Soares a 23 de Abril de 2009 às 13:06
Hoje, Assembleia do Marítimo:
Parece que se vai decidir entre um estádio de baixo perfil, com 10 mil lugares cobertos e dispostos a toda a volta do campo. Um projecto definido pelo Marítimo, como objecto do concurso, com capacidade comercial (20 mil metros quadrados para além da parte desportiva) e que custa 600 Euros por metro quadrado.
As propostas são várias (variantes ao projecto base). Algumas com custos de 600 Euros/m2. Maximizando o investimento feito. Recebe-se o que se paga. Mantendo o que o Marítimo quer (ambiente desportivo, com bancadas junto ao campo e grande possibilidade de animação à inglesa atrás das balizas - as claques vão adorar), as variantes constroem mais ou menos (adiam a construção dos espaços comerciais não os comprometendo) a custos de marcado compatibilizando-se com o apoio do governo e abrindo os espaços comerciais a interessados, agora ou no futuro.
E outro, igual ao do Nacional, aberto nas laterais, sem o ambiente desportivo que se pretende, com bancadas altas, sem capacidade comercial (a menos do bar dos amendoins) e que custa 1000 euros por metro quadrado.
Esta proposta (da AFA) ajusta-se ao apoio do Governo mas constrói pouco e caro. E é um projecto alternativo (o que não era permitido no concurso) pelo que até se estranha ainda estar em jogo...
É a proposta favorita de Rui Alves, pois assegura ao Marítimo, uma solução idêntica à que tem na Choupana: um “elefante branco” dependente de subsídios.
O Governo regional já definiu o apoio e libertou o Marítimo no que se refere à componente extra-desportiva (a construir agora ou no futuro a expensas próprias – dos investidores interessados). Esperemos que não escolham a proposta do Nacional que paga-se caro e que pouco mais garante que o tal bar dos amendoins…
VivoMaritimo a 30 de Abril de 2009 às 15:38
O Rui Alves colocou um Estádio igual ao dele no concurso para os Barreiros? Mas o Marítimo colocou um projecto a concurso. Como é possível o Carlos Pereira ser cego e não ver que está a ser gozado? E ainda se lê pelos blogs que esse estádio está na corrida.
roberto martins a 8 de Maio de 2009 às 10:22
Não se entende porque adia tanto tempo a decisão de escolha do empreiteiro. A questão do financiamento está resolvida. Só se alguém no juri ou na direcção está a contar e a garantir "troco" na sua decisão.
A verdade é que há uma proposta (estranhamente) ainda em jogo que não é legal (é alternativa e não variante ao projecto que o próprio Marítimo colocou a concurso).
Essa proposta (o tal projecto igual à Choupana) dá mais "troco" para essa vilanagem (28 mil metros por 31 milhões - mais de 1000 euros/m2) em relação às outras, sobre o Projecto Base (60 mil metros por 38 milhões - 600 euros/m2) que permite construir menos para já (até aos tais 31 milhões) mas não hipoteca o futuro.
Entende-se a hesitação. Afinal a AFA pode construir 28 mil metros a 600 euros (custo construção efectivo) e embolsa a diferença (quase 15 milhões…) para os 31 milhões. O que dá para derramar por muitos bolsos. Em prejuízo do Governo Regional (dos contribuintes), do Marítimo (Estádio sem ambiente desportivo e sem componente comercial, logo, com futuro comprometido) e da Cidade (Estádio mais "alto" e com impacto volumétrico superior).
Espero que a vilanagem da mamarítimo não leve a sua avante. Apesar de ser ela que tem a decisão nas mãos...