Terça-feira, 22.03.11

O urbanismo, o poder e a globalização

O urbanismo na era moderna; a organização das principais cidades mundiais e toda a estrutura que envolve as suas realidades, é hoje o espelho que reflecte os efeitos da globalização que ao longo dos tempos tem vindo, em ritmo cada vez mais acelerado, a sofrer alterações. A distinção entre as cidades desenvolvidas das menos instruídas e todos os factores que às caracterizam, testemunham o empenho dos seus ascendentes em prol da educação dos seus habitantes, em prol da injecção de mentalidades e em prol da referida organização urbana. Os seus costumes, as suas culturas, bem como, todas as suas riquezas e pobrezas são consequências herdadas dos seus antepassados e que os seus actuais habitantes têm como dávida o seu usufruo e o seu padecimento, sendo que, ao mesmo tempo e agindo de boa fé, têm o dever de preservar e desenvolver garantindo a sua sustentabilidade para as gerações vindouras.

 

As novas tecnologias, filhas da exploração do espaço, permitem uma exposição de resultados desta evolução cada vez mais negativa, que se encontram, também cada vez mais, ao alcance de todos. A velocidade da informação e a facilidade do acesso à mesma, por parte de todos, oriunda do desenvolvido mundo das telecomunicações é responsável pelos excessos que normalmente vitimizam os povos menos capacitados. A Internet e a vigilância satélite beneficiam os poderosos (enfeitados de bondade) permitindo que estes alastrem o seu campo de acção mundo fora. Assim sendo, o fosso desigual entre as grandes e as pequenas cidades está a tornar-se cada vez maior. A fome monetária, o capitalismo e o rigoroso mundo político-económico actual está, com frequência ascendente, a por em causa a garantia da preservação dos costumes vindos do passado relativamente à organização e à mentalidade urbana. As guerras; o terrorismo; as catástrofes naturais, estas muitas vezes resultado do desrespeito humano pela natureza que resulta das exigências industriais, e todas as consequências negativas vindas do acima referido mundo capitalista estão a contribuir fortemente para a destruição de tudo aquilo que foi construído pelos antepassados, que em nada contribui para a preservação e muito menos garante o muito apelado esforço em propósito da sustentabilidade de tudo aquilo que nos foi confiado.

 

 

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Sexta-feira, 12.11.10

Cartoon - Presidenciais 2011

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Quarta-feira, 27.10.10

Serenata

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Terça-feira, 19.10.10

Vendemos Portugal

Nos últimos dias temos vindo a assistir à medíocre novela de trocadilhos constantes por parte do Governo e restantes órgãos partidários, relativo à aprovação, ou não, do Orçamento de Estado para o próximo ano. A viabilização da conhecida “bomba fiscal” está prestes a se concretizar. As pressões alheias às convicções e ao consentimento das medidas que nele constam, não darão hipóteses àqueles que se opõem. O Governo e o PSD encontram-se no “mato sem cachorro”! Todos opinam e ninguém convence! O “peso” do famoso documento, face à realidade do País, deixa poucas dúvidas de que o naufrágio é praticamente inevitável...

 

Que andamos a fazer nos últimos 36 anos?...

 

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Domingo, 19.09.10

Relação: Desemprego/Agricultura Virtual na RAM

Após um profundo estudo e um árduo trabalho de pesquisa estatística, chegamos à conclusão que o número de dependentes da agricultura virtual, ou farmvilleiros se assim o preferem, já no final do segundo trimestre de 2010 superava o dobro do número de desempregados da Região.

Tomamos a liberdade de elaborar o diagnóstico que pode espelhar o quotidiano de um utente do trabalho virtual (estou fora disto)!...

 

 

 

 

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Terça-feira, 20.07.10

Atouguia, fundo do vale: Calvos pequeninos – nus de pele branca

Na Calheta, antigamente, quando a era do desenvolvimento regional e quando a aproximação rodoviária ao centro da ilha, Funchal, ainda era um mito, as populações da localidade contentavam-se com modos de vida mais sedentários. A essência da maioria dos calhetenses ministrava-se de forma bem mais original, regia-se o dia-a-dia por costumes e tradições próprias de uma terra, na época, ainda pouco exposta ao consumismo. Os dias de hoje, controlados pelo capitalismo, por si só, ameaçam a garantia de um futuro sustentável para as gerações vindouras, criam a pavorosa dúvida sobre a estabilidade do futuro, criam a iminência atroz que horroriza as mentes já receosas. Tudo que acaba por omitir a beleza natural que esta ilha nos oferece, tudo que esconde o lindo clima que esta pérola nos proporciona…

 

Ilustres piscinas naturais, que estais hoje expostas ao abandono; para muitos, nunca cairás no esquecimento. Ó formosuras espalhadas por vários pontos do caudal da ribeira, dona de vale fundo, compostas por declives e quedas de água: fostes vós consideradas autênticas “escolas de natação”, as testemunhas “oculares” do tronco nu de muitas crianças; muito que, por várias gerações, fostes consultadas. Por filhos, por pais e… por avós!...

 

Desde os nove anos de idade, a adesão diária ao mergulho, em época de verão, fazia-se em massa. Rãs no imediato, nem vê-las! Estes “sapos da poça” eram de penugem, que na tenra idade, os cabelos, apenas se contavam sobre a cabeça; calvos pequeninos – nus de pele branca. Eram estes utentes, os menores, responsáveis por aquele barulho ao fundo do vale, os responsáveis pelas pranchadas na água acompanhadas pelos gritos jovens e pelo barulho da corrente. Ouvia-se cá de cima! Eram os “artistas”, autores, dos prejuízos nos terrenos de feno abundante que circundava o leito do caudal. As fugas à pedrada, proveniente dos seus donos impertinentes, eram encaradas, pelos pequeninos, como porfias desportivas. As fugidas a jusante do percurso de água, de pés descalços e sobre o irregular monte de calhaus, eram o “prato do dia” composto pela adrenalina elevada e pelo “salve-se quem puder”, vista pelos pequenitos como “cereja sobre o bolo”, após a fadigada tarde de fanfarras na zona. Seguiam-se os ataques aos frutos silvestres; as papaias, as amoras, os tabaibos, as nêsperas, pouco lhes dava o bicho!... O regresso era já à noitinha, a mancha molhada, no rabo, era o único que transparecia de mais um dia de piscinas naturais dos calvos pequeninos – nus de pele branca…

 

A foz do vale acentuado, ladeado pela falésia que sua base, hoje, se assemelha ao Rio de Janeiro, por estar coberta de quadrúpedes e de areia amarela que no Inverno espelha o seu medíocre valor pouco, ou nada, condizente com o traçado original da referida enseada, fruto de pedregulhos caídos do acentuado rochedo que ainda hoje ameaça descambar sobre a ingenuidade humana!... Foi, naquela época e na sua versão mais original, o destino que sucedeu as poças da ribeira dos então já grandinhos!...

 

- Quirino Vieira.

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"Poça da laja" - Ribeira do Lombo da Atouguia - Calheta, ilha da Madeira.

 

 

 

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Sexta-feira, 09.07.10

CR9 Júnior, muita tinta para correr

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Sexta-feira, 25.06.10

O PEC, as portagens e a regra das proporcionalidades

À medida que sobem as taxas de desemprego a diminuição do poder de compra dos portugueses logicamente tende também a aumentar. A recente intenção dos ilustres tutores do pacto de estabilidade e crescimento passará pelo pagamento de portagens nalgumas auto-estradas, as denominadas por SCUT, que levará a um inevitável aumento das despesas dos seus utentes, que passarão a ser designados por portugueses de 3ª. Contribuirá também para o isolamento das populações, desta forma aumentando a temível exclusão social, e assim, abrindo-se uma porta para os conflitos civis. Depois, claro, salve-se quem puder. Ora, um burro aqui a tentar perceber o fundamento desta irrealista aplicação, criada por ditos célebres peritos da gestão, quando está à vista de todos que se continuam com atitudes bizarras, destas, daqui a pouco entregam o país ao dono!...

 

Que o tio Alberto nos livre dessa bixanice aqui na Madeira!!!  

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Sábado, 12.06.10

Crise mundial de futebol-2010

Debaixo da forte probabilidade do argumento abaixo vir tornar-se em mais um daqueles devaneios que apenas espelham a impressão moral do narrador e inclinando o nevoeirento raciocínio para uma espécie de “lógica da batata”, atrevo-me inquietamente a manifestar-me perante a notável e iminente “falta de pica” instalada no ego dos portugueses, face ao agora iniciado mundial de futebol na África do Sul.

 

A expectativa, a ansiedade, tudo aquilo a que estávamos habituados a sentir no imediato que antecede os campeonatos do mundo de outros tempos, submeteu-se aos climas de medo; submeteu-se à mistura de política doentia com desporto opulento, recheado de engraxamento ao capitalismo. A suposta euforia entendida como normal para esta época, perante os factos, esvaiu-se em traumas carregados de incertezas face à realidade do presente e à especulação vindoura. É verdade, a peneira disfarça mas não tapa o sol. É também notável que na própria comunicação social existe uma diminuição na cobertura desta já decorrente paródia futebolística. Ou será apenas sensação minha, ou anda tudo com “falta de teson”!...

 

Desta forma, os eufóricos festivais repletos de autenticidade e de alegria desportiva, que unem raças e que proporcionam um mês de elevado grau de adrenalina, têm efectivamente vindo a perder terreno. As mentes depressivas, resultantes da negra realidade, tornaram o povo pessimista. A crise económica, a situação que o país atravessa, junta-se ao receio de que possa estar o governo a preparar outro “caldo fiscal” para implementar em altura que estejam desviadas atenções. A suspeita é elevada, o passado recente já comprovou tal verdade. Povo enganado!... Viva a crise! Vivam as vuvuzelas! Viva Portugal!...

 

 

 

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Terça-feira, 25.05.10

Como as coisas vão, é tudo uma questão de tempo...

 

Num país onde a dívida externa é supostamente superior ao valor patrimonial interno e onde o cominar da factura é aplicado às classes por ordem do mais pequeno para o maior, se ainda não chegou à sua vez, para chegar, é tudo uma questão de tempo... Há dúvidas?

 

 

 

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